AEI marca presença no 4º Fórum AME Impermeabilização em Manaus e reforça relevância técnica e social do setor
- assessoria02
- 7 de out.
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Evento reuniu especialistas de todo o Brasil para discutir normas, inovação e desafios da impermeabilização, além de destinar 100% da renda para uma instituição social da capital amazonense.

A Associação de Engenharia de Impermeabilização (AEI) teve participação de destaque no 4º Fórum AME Impermeabilização, realizado nos dias 17 e 18 de setembro de 2025, em Manaus (AM). O encontro é considerado um dos principais espaços de debate técnico e de responsabilidade social do setor, reunindo especialistas, fabricantes, aplicadores, projetistas e entidades parceiras de todo o país.
A AEI atuou como apoiadora institucional e contou com a presença de diversos associados em painéis, mediações e palestras.
O Diretor-Presidente da AEI, Renato Giro, destacou durante o evento sobre a importância do associativismo, a necessidade de profissionalização dos empresários do setor de projetos e execução de obras de impermeabilização e apresentou alguns dos trabalhos desenvolvidos pela entidade, como o Guia de Segurança do Trabalho em Impermeabilização, o Impernews e o 15º Simper – Seminário de Impermeabilização, que será realizado novamente no Senai/Firjan, no Rio de Janeiro, em novembro de 2025.
A programação do evento incluiu mesas-redondas dinâmicas, como o tradicional painel “Pinga-Fogo”, além de discussões sobre construção a seco, qualidade de materiais e valorização da atividade de impermeabilização.
Além dos temas técnicos, o AME reforçou sua missão solidária: em 2025, 100% da renda das inscrições foi destinada ao Lar Batista Janell Doyle, instituição que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em Manaus. A apresentação do coral da entidade emocionou os presentes e deu ainda mais sentido ao propósito do Fórum.
Representantes de diversas empresas associadas, como Siciliano Engenharia, Cetimper Engenharia, Primer Engenharia de Impermeabilização, Dryko, Viapol, Vedacit, Bleza, Soprema, Hemisfério Produtos Técnicos, Impermaster e o Instituto Brasileiro de Impermeabilização, entre outras, participaram do evento e trocaram conhecimentos durante os debates.
Homenagem e premiação
Durante o IV Fórum AME Impermeabilização, o engenheiro Orlando Cunha foi homenageado com o Prêmio Maria Amélia Silveira, considerado um importante reconhecimento técnico do setor de impermeabilização no Brasil.
Cunha é diretor técnico da NC Flanges e possui uma trajetória de 63 anos na construção civil, sendo mais de 50 dedicados exclusivamente à impermeabilização.
Referência nacional no segmento, o engenheiro se destacou ao longo das últimas décadas por sua contribuição técnica e compromisso com a qualificação profissional no setor.
“Foi uma grande alegria participar do evento AME Impermeabilização, que reuniu profissionais de todo o Brasil e valoriza um setor tão essencial para a construção civil. Iniciativas como esta fortalecem a troca de conhecimento, a inovação e a valorização da impermeabilização, algo fundamental para a qualidade e a durabilidade das obras… Aos meus 82 anos, receber o Prêmio Maria Amélia neste encontro tão importante me deixa profundamente honrado. Ser reconhecido diante de tantos colegas e profissionais da área é motivo de gratidão e orgulho, e renova em mim a certeza de que o trabalho, o estudo e a dedicação sempre valem a pena”, declarou em entrevista à AEI.
Opiniões sobre o AME
Veja as experiências e aprendizados do evento!
Integração nacional e profissionalização
Renato Giro (Diretor da AEI e da Primer Engenharia de Impermeabilização):
“A AEI se consolidou como espaço de integração e diálogo no setor, e isso se refletiu no AME. Independentemente de sermos concorrentes, estamos unidos em prol de interesses comuns e do fortalecimento da especialidade. O evento mostrou que o Brasil, por ser continental e multicultural, exige soluções distintas para cada região. Só em encontros como este conseguimos compreender de fato a realidade local e compartilhar experiências que enriquecem todo o mercado.
Também reforço a importância de olharmos para dentro das empresas de impermeabilização. Muitas vezes, ainda são estruturas centralizadas em técnicos e engenheiros que cuidam apenas da operação. Precisamos formar gestores e líderes mais empreendedores, capazes de conduzir negócios, planejar o futuro e garantir sustentabilidade empresarial. A AEI tem se empenhado em estimular essa profissionalização, e o AME é um catalisador desse movimento. É um fórum que promove diálogo franco, integração nacional e amadurecimento do setor.”
Desafios das normas técnicas
Daniel Rios (Impermaster / Associado AEI):
“O AME proporcionou discussões profundas sobre temas que impactam diretamente nosso mercado, como a revisão da norma das argamassas poliméricas, um assunto urgente diante da realidade dos produtos disponíveis hoje. Tive a honra de mediar um painel em que debatemos justamente esse ponto: como exigir que o mínimo seja o cumprimento das normas técnicas. Foi enriquecedor ouvir a indústria reconhecer esses desafios e assumir compromissos de evolução. Além disso, as discussões sobre sistemas de construção a seco abriram novas perspectivas para o futuro da impermeabilização no Brasil. Saio do AME com a sensação de que estamos avançando no mercado e de que a AEI tem papel fundamental nesse processo.”
Propósito social e técnico
Vicente Menta (Hemisfério / Associado AEI):
“A Hemisfério esteve presente em todas as edições do AME porque acreditamos no propósito do evento. Ele vai além do aspecto técnico, que já é muito relevante, e traz um valor social incomparável. A cada edição, uma instituição local é beneficiada, e isso torna o encontro único. No aspecto técnico, participar de painéis e compartilhar fundamentos de impermeabilização tem sido uma forma de disseminar boas práticas em escala nacional. O AME é também um espaço de visibilidade e fortalecimento das marcas, mas acima de tudo, é uma plataforma de conexão genuína entre profissionais e entidades que acreditam na seriedade da impermeabilização.”
Conexão e diálogo construtivo
Jaqueline Zubelli (Bleza Impermeabilizações):
“Participar do AME Impermeabilização em Manaus foi uma experiência única. O evento vai além da parte técnica, trazendo também uma dimensão social e humana. Fiquei muito emocionada com o coral das crianças da instituição beneficiada, um momento que reforça a importância de unir conhecimento, solidariedade e a responsabilidade de cuidar do futuro. Além disso, realizar o encontro fora do eixo Sul-Sudeste aproximou profissionais de diferentes regiões, ampliando a troca de experiências e fortalecendo o setor.
Outro ponto que considero essencial foi o debate sobre a falta de mão de obra qualificada na construção civil, um desafio presente em todo o Brasil. Pude contribuir em uma das mesas de discussão, onde a diversidade de opiniões foi enriquecedora. Em um cenário de tantas polarizações, a possibilidade de dialogar de forma respeitosa e construtiva se mostrou um dos grandes aprendizados do evento.”
Potencial da região Norte
Bruna Siciliano (Siciliano Engenharia / Associada AEI):
“Viver o AME em Manaus foi uma experiência transformadora. No primeiro dia, pude absorver todo o conteúdo como participante, assistindo colegas brilhantes apresentarem suas visões. No segundo, tive a alegria de mediar um painel repleto de perguntas e debates captados nas redes sociais, trazendo o público ainda mais para dentro da discussão. Estar em Manaus, cidade pela qual tenho tanto carinho, e ouvir afirmações como a de que o Amazonas pode se tornar referência em impermeabilização foi algo que me marcou profundamente.
O evento mostrou não apenas a força do setor, mas também o potencial das regiões Norte e Nordeste em se destacarem nesse mercado. Saí de lá com a certeza de que juntos estamos construindo um setor mais conectado, inovador e valorizado.”
Inovação, democracia e responsabilidade social
Anderson Mendes (Gerente Técnico da Vedacit):
“O AME Impermeabilização é um marco itinerante para o setor, e foi uma honra participar da edição em Manaus, a primeira realizada na região Norte. Esse formato aproxima profissionais, promove capacitação e fortalece o compromisso social do setor, algo que considero essencial. É também um dos poucos eventos no Brasil em que a plateia tem voz ativa, podendo fazer perguntas diretas sobre mercado, qualidade de produtos e práticas de toda a cadeia da impermeabilização. Essa abertura torna o fórum mais democrático, amplia o conhecimento e enriquece a troca entre aplicadores, projetistas, fabricantes e especialistas, todos reunidos em uma mesma mesa de discussão.
Outro aspecto relevante é o compromisso de interiorizar o debate. Normalmente os grandes encontros ficam restritos ao eixo Rio-São Paulo, mas o AME quebra essa lógica e leva conteúdo técnico para regiões que dificilmente recebem eventos dessa dimensão. Manaus foi um exemplo histórico. Em 25 anos de atuação no setor, não me recordo de um evento dessa magnitude na cidade. Isso fortalece aplicadores, construtores e profissionais locais, que passam a compor de forma ativa as discussões nacionais.
A Vedacit esteve presente com sua equipe técnica e comercial, além da diretoria nacional, reforçando nosso apoio a iniciativas que unem inovação, democracia e responsabilidade social.”
Organização local e destaques técnicos
Frank Albert, engenheiro responsável pela organização local do evento em Manaus, ressaltou dois momentos marcantes no AME: a entrega do Prêmio Maria Amélia ao engenheiro Orlando Cunha, em reconhecimento à sua trajetória, e as discussões sobre as membranas de impermeabilização, especialmente quanto à aplicação, comercialização e qualidade das fichas técnicas, que ainda deixam dúvidas entre os usuários.
Frank também destacou a diversidade dos participantes e a força da representatividade regional: “Tivemos profissionais da região Norte e de outros estados, com perfis variados, desde engenheiros jovens até diretores de grandes construtoras. Isso ampliou a troca de experiências e mostrou que a impermeabilização é uma pauta transversal a todos os elos da cadeia.”
Segundo ele, duas iniciativas merecem ser mantidas nas próximas edições: as perguntas enviadas pelo público e o debate sobre os “desenhos incríveis” das soluções de impermeabilização nas obras, que muitas vezes denunciam falhas de concepção ou execução.
Sobre a presença ativa da AEI no evento, Frank foi categórico:
“A entidade teve papel de destaque mais uma vez. A participação dos associados da AEI foi técnica, provocadora e altamente relevante para os debates. Vieram com uma comitiva forte e contribuíram com questionamentos que elevaram o nível das discussões.”
Reconhecimento e representatividade
Participando do AME pela primeira vez, Claudia Mangano, da Cetimper, destacou a forte integração entre os profissionais e o reconhecimento crescente da AEI em todo o Brasil:
“Foi um encontro técnico, mas também humano. A troca entre fabricantes, aplicadores, consultores e projetistas de diferentes regiões foi muito rica. A dinâmica dos painéis permite que todos participem, inclusive os construtores, o que traz um diálogo direto entre quem projeta e quem executa. Isso é raro e muito necessário.”
Claudia também valorizou o papel institucional da AEI: “Ficou claro como a AEI é admirada em todo o país. Fui abordada por profissionais do Norte e do Nordeste interessados em se associar e crescer junto com a entidade. Isso mostra que nossa associação está cada vez mais reconhecida como referência nacional no setor.”
Confira a diversidade de temas técnicos em debate no AME:
Revisão da norma de desempenho das argamassas poliméricas
Avanços e desafios da construção a seco (drywall e sistemas industrializados)
Valorização da atividade de impermeabilização junto ao mercado e aos clientes
Boas práticas no uso de materiais, com discussões francas no painel “Pinga-Fogo”
Integração regional e impactos do clima no desempenho dos sistemas
Inovação tecnológica e a necessidade de novos produtos para diferentes realidades do país
Expectativas para 2026: AME NATAL/RN
Em entrevista à AEI, o idealizador do evento, Elton Góes, destacou a relevância da edição em Manaus, o caráter social e anunciou a próxima parada:
Em 2026, o fórum acontecerá em Natal (RN), retornando ao Nordeste após edições de sucesso em Salvador, Recife e Fortaleza. A expectativa é de nova participação expressiva de especialistas e empresas de todo o país.
“O AME é hoje um dos fóruns mais importantes porque rompe barreiras geográficas e dá espaço a todas as vozes da cadeia. Em Manaus, tivemos uma edição histórica. Essa descentralização é fundamental para o desenvolvimento do setor”, disse.
Ele também destacou o papel das entidades parceiras como a AEI e o IBI, além do apoio local do CREA, IBAPE e Sinduscon-AM. “Foi uma construção coletiva e muito rica. Para 2026, em Natal, nossa expectativa é ainda maior. Se você gosta do mundo IMPER, você já é um AMERISTA”, finalizou!




































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