Museu Nacional: associadas da AEI contribuem para restauração do local, que celebra 207 anos em 2025

No mês em que o Museu Nacional celebrou seus 207 anos de fundação, duas empresas associadas da AEI (Associação de Engenharia de Impermeabilização) se destacaram por sua atuação em uma das mais relevantes obras de restauração do país. A Cetimper Consultoria e a Hemisfério Produtos Técnicos estão entre as responsáveis pelos sistemas de impermeabilização que ajudam a garantir a preservação do edifício histórico, situado na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio, e que foi atingido por um incêndio de grandes proporções em 2018.

A reinauguração parcial do museu, inicialmente prevista para o dia 8 de junho, foi adiada, mas os eventos comemorativos foram mantidos, atraindo público e reforçando o papel simbólico do espaço na memória nacional. A restauração segue em ritmo intenso, com previsão de reabertura total para 2028. A participação das empresas da AEI mostra como a engenharia especializada está diretamente ligada à recuperação do patrimônio histórico brasileiro.

Proteção com tecnologia, soluções inovadoras e respeito ao passado

A Cetimper ficou responsável pelo projeto de impermeabilização de áreas críticas da edificação, como a cobertura, os poços de elevador, banheiros, reservatórios e espaços externos, como o Jardim das Princesas. A engenheira Thaís Miranda, sócia da empresa e responsável pelo projeto, explica que um dos maiores desafios foi “tratar um prédio histórico mantendo todas as suas características originais, mas usando sistemas impermeabilizantes com materiais sustentáveis e de alta durabilidade”.

O projeto foi desenvolvido em plataforma BIM/Revit, uma inovação tecnológica que permite precisão no planejamento e integração entre os diferentes profissionais envolvidos.

“Foi um trabalho que exigiu muita coordenação e sensibilidade. Apesar de ser desafiador, foi extremamente gratificante contribuir para a recuperação de um símbolo da ciência e da cultura brasileira”, disse Thaís em entrevista à AEI.

Já a Hemisfério Produtos Técnicos teve papel fundamental na execução da impermeabilização das lajes do museu, utilizando uma solução desenvolvida especialmente para atender às exigências do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Vicente Menta, engenheiro químico e sócio da empresa, contou que “a única membrana acrílica com cal feita no Brasil foi aplicada nesta obra, uma solução que já utilizamos desde 2007 no museu”.

Na fase atual de reconstrução, a Hemisfério forneceu sistemas de impermeabilização para todas as lajes sob telhados do museu, com a aplicação dividida entre as construtoras Concrejato e Biapó.

Além do fornecimento dos produtos, a empresa também capacitou a mão de obra e acompanhou a execução para garantir a excelência do resultado.

"Observando na sequência das fotos acima, temos o sistema Hemisfério e sobre ele uma manta, que neste caso funcionou não como impermeabilizante, mas como berço da calha de galvanizado", explicou Vicente Menta.

Entre as atrações previstas para a reabertura parcial do museu, que deve ser anunciada a qualquer momento, o público poderá ver o esqueleto de uma baleia cachalote de 80 toneladas, o famoso meteorito do Bendegó e uma sala com novas peças, como uma prévia das futuras exposições programadas até 2028.

“A participação de empresas associadas à AEI nesta obra comprova mais uma vez o protagonismo da engenharia de impermeabilização em projetos de alta complexidade e relevância nacional. Um trabalho essencial para garantir que o passado seja preservado e o futuro possa ser construído com segurança, tecnologia e respeito à memória brasileira”, concluiu Renato Giro, presidente da AEI.