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José Miguel Morgado, diretor do IBI, destaca a impermeabilização como pilar estratégico das construções

Higino Santos (Diretor da AEI), José Miguel Morgado (Diretor do IBI) e Renato Giro (Presidente da AEI)
Higino Santos (Diretor da AEI), José Miguel Morgado (Diretor do IBI) e Renato Giro (Presidente da AEI)

A AEI conversou com o engenheiro José Miguel Morgado, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), que falou sobre os desafios e avanços do setor, o sucesso do 18º Simpósio Brasileiro de Impermeabilização – realizado em junho, em São Paulo – e a importância da união de entidades como o IBI e a AEI para o fortalecimento do mercado. 


Com uma trajetória marcada pela dedicação técnica e pela defesa da excelência no setor, Morgado compartilhou sua visão sobre sustentabilidade, capacitação profissional e o futuro da impermeabilização no Brasil. 


Acompanhe os principais trechos da entrevista a seguir:


1 – O 18º Simpósio Brasileiro de Impermeabilização reuniu um público altamente qualificado e teve grande repercussão no setor. Quais foram, na sua visão, os principais destaques do evento neste ano de 2025?


Ao longo dessas 18 edições, os simpósios evoluíram e hoje representam o principal ponto de encontro da impermeabilização no Brasil, um marco para todo o setor. Pensando nisso, já estamos trabalhando para o 19º evento, que será realizado em 2027. A ideia é contar com um auditório com maior capacidade, uma área de exposição mais ampla e, talvez, três dias de evento, para que possamos apresentar mais trabalhos.


Entre os destaques do simpósio deste ano, vale mencionar o Jubileu de Ouro do IBI, os trabalhos apresentados de altíssimo nível técnico, com grande dedicação dos palestrantes, e o recorde de patrocinadores: 12 empresas apoiaram o evento, quando em edições anteriores esse número girava em torno de cinco ou seis. Tivemos ainda uma exposição paralela bastante representativa.


O interesse do público foi tão grande que encerramos as inscrições presenciais com 15 dias de antecedência. Aproveito para agradecer às empresas patrocinadoras: Barone, Coral Mactra, Dryko, GCP, Georevest, Icobit, MC-Bauchemie, Quartzolit Profissional, Sika, Soprema, Vedacit e Viapol.


2 – Quais são os maiores desafios do setor de impermeabilização atualmente? E quais caminhos o IBI Brasil tem seguido para superar essas barreiras?


O maior desafio é conscientizar consumidores e construtores sobre a importância de utilizar produtos impermeabilizantes normalizados e certificados pelo IBI. É fundamental deixar de lado os “milagrosos” e “marketeiros”, que muitas vezes falham em poucos meses.


Além disso, é essencial que esses produtos sejam aplicados por profissionais qualificados, preferencialmente filiados ao IBI e/ou à AEI. Por isso, investimos constantemente em capacitação técnica – única forma de fazer com que as boas práticas se tornem rotina e não exceção.


3 – A impermeabilização está diretamente ligada à durabilidade, ao desempenho e à sustentabilidade das edificações. Como você avalia o desempenho do setor diante desses temas?


O 18º Simpósio teve como tema central a “Sustentabilidade na Impermeabilização” e contou com especialistas de peso. No primeiro dia, o biólogo Nelson Al Assal Filho, diretor de Normalização da ABNT, abordou o tema “ESG e a Impermeabilização – O uso da ABNT PR 2030 para um setor Sustentável, Resiliente e Competitivo”. No segundo, o engenheiro Roberto de Souza, CEO do CTE, apresentou uma excelente palestra sobre sustentabilidade na construção.


O setor está no caminho certo, mas ainda é comum vermos construtoras tratando a impermeabilização como algo secundário, preocupando-se apenas com o custo imediato. Esse pensamento é prejudicial.


Durante o encerramento do simpósio, destaquei que:

“Não dá mais para falar em sustentabilidade sem falar em durabilidade.

E não dá para falar em durabilidade sem falar em impermeabilização inteligente e bem projetada.


Um edifício com infiltrações, fissuras e vazamentos precoces vai consumir mais energia, mais materiais e mais recursos ao longo da vida útil. Isso é o oposto da sustentabilidade.”


A construção civil precisa mudar seu olhar e avaliar o custo-benefício ao longo do ciclo de vida da edificação.


4 – Como você enxerga a evolução da formação técnica e da valorização dos profissionais que atuam com impermeabilização no Brasil? O que ainda pode ser feito nesse campo?


Tivemos avanços nos últimos 30 anos, mas ainda há muito a fazer. Precisamos profissionalizar mais as empresas aplicadoras e oferecer aos aplicadores uma formação técnica mais sólida, mantendo-os atualizados com as novidades do setor.


Também é essencial atrair jovens para essa área, oferecendo melhores condições e salários. Lembro de um episódio recente, em que um aplicador levou o filho para acompanhá-lo em um trabalho. O jovem disse: “O mesmo salário que eu ganho no ar-condicionado, você ganha aqui nesse sol escaldante…”. Essa fala revela um problema real: se não valorizarmos essa mão de obra, poderemos ter escassez no futuro.


O IBI e a AEI podem, juntos, ampliar a capacitação por meio de parcerias com escolas técnicas.


5 – Como você enxerga o papel e a união de entidades técnicas, como a AEI e o IBI, para o desenvolvimento das empresas do setor de impermeabilização?


IBI e AEI devem caminhar juntas. As duas entidades têm objetivos claros e complementares – em nenhum momento são conflitantes. Por isso, a união é a principal força.


Juntas, conseguimos criar um ecossistema saudável, que dá segurança e previsibilidade ao setor, além de fomentar novas oportunidades para empresas e profissionais.


6 – Em novembro, a AEI realizará a 15ª edição do Seminário de Impermeabilização no Rio de Janeiro. E diversos associados da AEI também prestigiaram o 18º SBI, em São Paulo. Na sua visão, qual a importância de encontros como esse para a valorização da impermeabilização e para a qualificação do mercado da construção civil?


Eventos como os simpósios do IBI, que apresentam pesquisas de profissionais e estudantes de doutorado, e os seminários que o instituto promove pelo país são fundamentais para o setor. E o mesmo vale para os seminários da AEI, que reúnem palestras técnicas e demonstrações práticas de aplicação de produtos.


Esses encontros qualificam o mercado e valorizam a impermeabilização. Assim como a AEI marcou presença no nosso simpósio, vários associados do IBI já estão confirmados para o seminário do Rio. Não tenho dúvidas de que será um grande sucesso. São eventos que aproximam o conhecimento técnico do dia a dia da construção.


7 – Para fechar: que mensagem você deixaria aos profissionais da área e associados da AEI que têm no IBI uma referência e almejam ver o setor se desenvolver cada vez mais?


Precisamos tirar o “crachá”, como dizem alguns amigos, e trabalhar por um bem comum: desenvolver a impermeabilização.


Devemos atuar juntos na revisão e elaboração de normas técnicas, por meio do CB-022, o Comitê Brasileiro de Impermeabilização da ABNT, do qual sou gestor.

Com união, conseguiremos tornar a impermeabilização parte estratégica dos projetos, elevando a qualidade das obras e o nível da engenharia brasileira.


José Miguel Morado, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI)
José Miguel Morado, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI)

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